quinta-feira, 6 de março de 2014

Ditadura militar no Brasil



    Amparada pela guerra fria, a ditadura militar foi instalada no Brasil com pretexto de salvar a pátria dos comunistas. Durante este período, o povo brasileiro foi excluído de participar da vida nacional. Através da força bruta, refletida na tortura, criando medo na população, formando um pacifismo involuntário.

    A propaganda foi uma forte aliada neste período. Com ela os EUA passaram a vencer batalhas sem puxar o gatilho. Com o objetivo de induzir o estilo de vida americano como perfeito, como o ideal; com pessoas altamente consumidoras e totalmente alienada.
    Devido a repressão muitos artistas e escritores tiveram que deixar seu oficio, outros protestavam através da música como: Raul seixas, chico Buarque, Caetano veloso, Gilberto Gil entre outros.  

    Enquanto EUA preparava militares para dar golpes de estados, isso depois da revolução cubana, pois os EUA tinha medo que outras revoluções comunistas explodissem pela América, A radicalização de Goulart desencadeou atritos com lideranças políticas, econômicas e militares. O general Castello Branco sabia que sem o apoio da maioria dos oficiais o movimento anti-goulart fracassaria. 
    No dia 13 de março Jango assina decretos facilitadores da reforma agrária e de refinarias particulares de petróleo, dando ares de que se rendia ao comunismo. Em 19 de março de 1964, 500 mil pessoas fazem uma passeata contra Jango em São Paulo, Marcha da família com Deus pela liberdade, era como se as pessoas pedissem para que, as forças armadas salvassem o país do comunismo. 30 de março o presidente foi convidado de honra da festa promovida pelos sargentos e suboficiais da policia militar na sede do automóvel clube no Rio de Janeiro, sua presença agravou ainda mais a crise militar.

    Depois de ler os jornais, Jango, soube que o general Mourão, marchava com seus recrutas, vindo de Juiz de Fora, com o objetivo de derruba-lo da presidência. Sua primeira atitude junto com seus ministros foi resistir ao golpe, convocando tropas para impedir os golpistas. Horas depois Jango descobre por meio de Santiago (deputado e amigo de Goulart) que o Governo dos EUA apoiava o golpe, fornecendo suporte financeiro, diplomático e militar. Na manhã de 1º de abril de 1964, os militares derrubam o governo assumindo o poder.

Brasil: Ame-o ou deixe-o

    Dos 17 atos institucionais criados dois deles ficaram famosos (um em especial o AI-5)... No dia 9 de abril de 1964 foi decretado o AI-1 que promoveu drásticas mudanças no cenário político do país; estabelecendo as eleições indiretas para presidente da república; suspendeu durante seis meses a constituição da republica juntamente com as garantias constitucionais, o decreto suspendeu durante 10 anos todos os direitos politicos. Nesse mesmo mês o governo divulgou uma lista com caçassões de individuos que poderiam desestabilizar o governo.

    O AI-5 foi o mais cruel de todos eles, que entrou em vigor no dia 13 de dezembro de 1968; dando carta branca para a fase mais violenta da repressão durante o período militar, inaugurando os “famosos anos de chumbo”.  As pessoas começaram a protestar cada vez mais contra o regime militar e para silenciar contestação o governo decidiu criar o AI-5. Com ele o pouco de liberdade que restava, se foi. Nos 12 artigos do AI-5 constavam:

*Proibir manifestações de natureza política;

*vetar “habeas corpus” para crimes políticos e militares (dando direito aos militares a prender torturar e até matar quem fosse contra o governo);

*caçar mandatos parlamentares;

* julgamentos de crimes políticos por tribunais militares;

*censurar todo e qualquer tipo de comunicação como: teatro, Tv, jornais e etc. só se assistia o que eles queriam.

   Foi durante o governo de Emílio Médici que o slogan "Brasil ame-o ou deixe-o"  ganhou força,  era comum nos vidros dos automóveis da classe média, nas paredes das escolas. Sugeria que os que criticavam o regime não amavam o Brasil.



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