sexta-feira, 19 de julho de 2013

Revolução Cubana.

  “No final do século XIX, Cuba era produtora mundial de açúcar de cana e tabaco de qualidade. Tais riquezas atraíram a cobiça dos norte – americanos. Logo que cuba declarou guerra de independência a Espanha, os E.U.A aproveitaram para intervir, ou seja, declararam guerra contra a Espanha e declararam desembarcaram em Havana. A ilha conquistou a independência em 1898, mas sob vigilância dos fuzileiros navais ianques. A máfia norte americana controlava o tráfico de drogas, os cassinos e a prostituição. Os cubanos eram proibidos de ir a praia particulares, pois os donos estrangeiros, não queriam se misturar com os negros e mulatos, alguns americanos bebiam, brigavam, debochavam dos cubanos e não eram punidos, pois a policia era corrupta. Para muitos patriotas cubanos, aquilo era humilhante ! Cuba tinha se tornado uma colônia sem ser chamada de colônia. As elites cubanas (descendentes de europeus ) desprezavam o próprio povo, grande parte miserável e analfabeto. Quando havia rebeliões, os marinis ( fuzileiros dos E.U.A. ) desembarcavam na ilha para “reestabelecer” a ordem. Quanta humilhação ! E.U.A. dispunha de cuba como se fossem donos do país. É fácil entender o antiamericanismo de muitos cubanos. Em 1952 Fulgêncio Batista capacho dos E.U.A. assumi o poder em Havana. Mas eis que surge uma luz no fim do túnel, em 26 de julho de 1953, um grupo tenta atacar o quartel da Moncada para despertar a revolta popular contra Fulgêncio. Deu tudo errado, e eles foram presos, o comandante rebelde era um ex líder estudantil e jovem advogado: Fidel Castro . Em seu julgamento Fidel Castro disse suas famosas palavras: “A história me absorverá…” A história pode até ter absorvido, mas o tribunal o condenou a prisão, junto com seus companheiros … Anos depois Fidel foi solto e banido do país. As autoridades pensavam que quem sabe, aquele jovem de família rica tivesse sofrido o bastante, e um dia abraçaria Fulgêncio, que para o seu azar estava completamente enganado, Fidel foi para chegou ao México ( voltará do exílio ) reuniu um grupo de patriotas cubanos para preparar a volta, se juntou ao argentino Ernesto Che Guevara e em novembro de 1956 embarcaram em um iate ( Granma ) seguiram até a paria de Cuba, onde eram aguardados pelo “caloroso” comitê de boas vindas de Batista, com aviões a despejar bombas. A praia ficou coberta por cadáveres. No dia seguinte a agencia de noticias norte-americana, anunciava a morte de todos os revolucionários. Porém, 12 deles escaparam, homens como Camilo Cienfuegos e Che Guevara sob comando de Fidel Castro. Atacaram pequenos pontos militares, armavam emboscadas para tropas do governo. E a noticia de que havia rebeldes nas montanhas foram se espalhando pelo país. Voluntários começaram a subir para se juntar aos guerrilheiros. O exercito de Fulgêncio refletia a sociedade que apodrecia. Interrogavam com brutalidade, roubavam, queimavam, estrupavam e matavam. Mas os guerrilheiros faziam diferente…. Os E.U.A. enviou armas e dinheiro ao exercito de Batista, que sofreu derrota atrás de derrota. Com os guerrilheiros á porta da capital, os sindicatos declararam guerra geral. O país inteiro parou, todas as lojas fecharam, os ônibus pararam de circular, as fabricas ficaram vazias. E em janeiro de 1959, os guerrilheiros entraram vitoriosos em Havana.”
  Após Fidel assumir o governo, tratou logo de fazer a reforma agraria que acabou com o latifúndio e distribuiu terras para os camponeses, fechou cassinos e bordeis , a reforma urbana obrigou donos de varias mansões a ficarem com apenas uma e cederem as outras para varias famílias que viviam em favelas. O governo passou a investir pesado em educação, saúde e erradicação de favelas ( nessa época Cuba tinha apoio da URSS, que comprava seus produtos com um valor acima do oferecido pelo mercado).
Agora pense em um ilha governada pelo partido comunista e bem perto da Flórida ! É claro que depois de Fidel assumir o poder a CIA a mando dos EUA tentou assassiná-lo por diversas vezes, não o pegaram, mas infelizmente Che Guevara não escapou.
       Cuba tonou – se o primeiro pais socialista da América Latina, os avanços sócias são notáveis, em outras palavras, foram fantásticos. Porém na economia a pequena ilha não se desenvolveu, sofre até hoje com o bloqueio dos EUA, a renda per capita é menor do que a do Brasil, por outro lado, Cuba é o único país da América Latina a não ter favelas, acabou com o analfabetismo, as universidades são de bom nível, e a mortalidade infantil é tão baixa quanto as dos países desenvolvidos ( EUA, Japão, Alemanha e etc.), eliminou a miséria e quanto a saúde a ilha conta com os melhores médicos da América Latina, a desigualdade social é quase zero. Observo que a juventude que não conheceu Cuba antes da revolução, assim como Yoani, admira os EUA muito mais do que o governo gostaria. Com a derrubada da URSS, acabou-se a “ajuda fraternal” soviética, sem o petróleo soviético os cubanos são obrigados a desligarem as maquinas e andarem de bicicleta. E por ai não para, a situação fica cada vez mais difícil, os norte-americanos estabelecem que a empresa estrangeira que comerciar com cuba não poderá manter negócios com os EUA, nenhum país sofreu um bloqueio econômico tão brutal quanto o cubano! Agora pensem, um país como o Japão ou até mesmo os EUA tivessem sofrido um bloqueio desses durante décadas, teriam sobrevivido ? bom essa é uma pergunta meio retórica já que a crise de 2008 deixou muitas pessoas desempregadas e claro teve muita revolta, nos países Europeus até mesmo dos EUA.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Resenha: Viagens na Minha Terra



   De autoria de Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra é um livro pertencente ao romantismo que fala, bom, é meio difícil dizer ao certo sobre o que ele fala, basicamente, é sobre a guerra civil de Portugal, aquela que acontece depois que D.Pedro I volta pra sua saudosa terrinha.

   Inicialmente o livor é bem chato, um porre pra falar a verdade. Ele fala sim sobre a guerra civil, mas ele não conta as história que acontecem no meio da guerra, e sim uma visão de fora e é uma enrolação. O primeiro capítulo custa a ser lido, e olha, já vou avisando, a menos que você saiba ao menos um tiquinho sobre a guerra civil de Portugal ou leia verdadeiramente com muita atenção, você não entenderá nada dos primeiros dez capítulos do livro.

   Eu comecei a ler o livro uma vez e abandonei, era chato, monótono, eu não entendia lhufas do que estava escrito e as divagações do autor, tão presentes na obra, em nada ajudavam. Por fim, como ia ter aula livro sobre a obra no cursinho que eu faço, voltei a ler o livro, prestei mais atenção e consegui entender mais ou menos o contexto do livro.

   Uma vez que você se habitua á narrativa do Almeida Garrett fica bem mais fácil de você compreender a história, e você até acaba gostando de algumas partes dela, ao menos comigo foi assim. Conforme você vai lendo, vai percebendo que é comum o autor dar umas "brisadas" no meio do livro e se acostuma a ler um punhado de palavras, ou até mesmo um capítulo inteiro, que no fim das contas, não avançou nem dois passos da narrativa.

   A parte gloriosa do livro, a parte que interessa, a verdadeira história, o verdadeiro romance, aparece mais ou menos na metade do livro e conta a história de Joaninha, uma menina jovem e pura que mora com a avó cega. Essa é a parte da história que você vai ler mais rápido e entender melhor, sendo também a parte que você lerá mais rápido.

   A obra em si é cheia de críticas sejam elas sociais, filosóficas, literárias ou qualquer coisa do gênero. Na verdade, grande parte das divagações do autor são a expressão dessas críticas, são essas as partes que as vezes faz com que você não entenda nada, mas que quando você entende, você pensa: puxa, não é que ele pode estar certo?

   O saldo total a respeito do livro é o seguinte: é complicado ler ele, mas depois que você acostuma com a narrativa não dói e nem arranca pedaço. Se você vai prestar os vestibulares, USP ou Unicamp, já sabe que têm de lê-lo, então, pare de enrolar e leia! Preste atenção no que está lendo, seja mais forte do que o sono, respire fundo e relaxe, não odeie o livro, ele não fez nada de mau à você, exceto, talvez impedir que você leia um outro livro mais legal... Enfim tente se lembrar da guerra civil portuguesa, leia um pouco sobre o assunto, tome força, folego, coragem e leia. Não vai doer, não muito, e bom, o que a gente não faz pelo vestibular não é mesmo?

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Resumo e análise do livro: Capitães da areia - Jorge Amado.

     Publicado em 1937, retrata um situação real. O descaso social com meninos com de rua é o assunto principal do romance. Em todos os capítulos esse abandono, seja por meio  da reflexão dos garotos ou da
dos adultos que estão ao seu lado, seja pelos comentários do narrador.

Personagens: A obra não possui um personagem principal. O mais apropriado seria apontar o conjunto do bando. Isso por que as ações não giram entorno de um ou de outro personagem, mas ao redor de todos. Pedro Bala, o líder do bando, não é mais importante para o enrendo do que o Sem - pernas ou o Gato. Por isso a ideia de que o protagonista é o elemento coletivo, e cada membro do grupo funciona como uma parte da personalidade, uma faceta desse organismo maior.

Pedro Bala – líder dos Capitães da Areia, tem o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. Seu pai, conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, onde foi assassinado por policiais.

PROFESSOR– intelectual do grupo, deu início às leituras depois de um assalto em que roubara alguns livros. Além de entreter os garotos, narrando as aventuras que lê, o Professor ajuda decisivamente Pedro Bala, aconselhando- o no planejamento dos assaltos.

GATO – é o galã dos Capitães da Areia. Bem-vestido, domina a arte da jogatina, trapaceando, com seu baralho marcado, todos os que se aventuram numa partida contra ele. Além dos furtos e do jogo, Gato consegue dinheiro como cafetão de uma prostituta chamada Dalva.

SEM-PERNAS – deficiente físico, possui uma perna coxa. Preso e humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia até cair extenuado, Sem-Pernas conserva as marcas psicológicas desse episódio, que provocou nele um ódio irrefreável contra tudo e todos, incluindo os próprios integrantes do bando.

BOA-VIDA – o apelido traduz seu caráter indolente e sossegado. Contenta-se com pequenos furtos, o suficiente para contribuir para o bem-estar do grupo, e com algumas mulheres que não interessam mais ao Gato.

PIRULITO – era o mais cruel do bando, até que, tocado pelos ensinamentos do padre José Pedro, converte-se à religião. Executa, com os demais, os roubos necessários à sobrevivência, sem jamais deixar de praticar a oração e sua fé em Deus.

VOLTA SECA – admirador do cangaceiro Lampião, a quem chama de padrinho, sonha um dia participar de seu bando.

JOÃO GRANDE – é respeitado pelo grupo em virtude de sua coragem e da grande estatura. Ajuda e protege os novatos do bando contra atos tiranos praticados pelos mais velhos.

DORA – seus pais morreram, vítimas da varíola, quando tinha apenas 13 anos. É encontrada com seu irmão mais novo, Zé Fuinha, pelo Professor e por João Grande. Ao chegar ao trapiche abandonado, onde os garotos dormem, Dora quase é violentada, mas, tendo sido protegida por João Grande, o grupo a aceita, primeiro como a mãe de que todos careciam, depois como a valente mulher de Pedro Bala.

Dalva: que é a prostituta que tem um caso com Gato;
Don'Aninha: que é a macumbeira, que é uma espécie de mãe para os meninos do Trapiche;
Padre José Pedro: era uma espécie de defensor dos meninos, que através de suas mensagens tentava acalmar o coração dos garotos;
João-de-Adão: era o grevista, que ajudou Pedro Bala à saber o que seu pai foi no passado;
Querido-de-Deus – grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos.
Crítica literária

O livro relata o desprezo das autoridades para com a pobreza, até a imprensa que deveria ser um órgão imparcial e transmissor de informações, posiciona-se mais para acusar, julgar os meninos do que para defendê-los como o Padre José Pedro e Don'Aninha, que mesmo com suas poucas condições ajudavam na forma do possível de compreendiam as necessidades das más atitudes dos meninos do Trapiche, pelo fato de não ter quem os amparassem. 
Tempo


O romance é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente ( que sabe tudo o que ocorre ). Essa características narrativa possibilita que seja cumprida uma tarefa facilmente notada pelo  leitor: Mostra o outro lado dos Capitães da Areia.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Lista de livros Fuvest e Unicamp 2014

Boa noite estudantes, bom, hoje eu deixarei a lista de livros da fuvest/unicamp 2014 e alguns links para vocês poderem encontrar os resumos e análises dos livros.





  • Til José de Alencar;


  • O cortiço Aluísio Azevedo;


  • A cidade e as serras Eça de Queirós;


  • Sentimento do mundo Carlos Drummond de Andrade.

Resumo e análise do livro; Vidas Secas - Graciliano Ramos.

          Um grupo de nordestinos, uma cadela e, no inicio, um papagaio, abem em retirada. Para a sobrevivência do grupo, é travada um luta incessante incluindo o sacrifício do papagaio e a mesquinha contribuição de Baleia ( cadela ) através da caça de uma preá, servindo para adiar a morte do grupo. Após tempo de caminhada, abrigaram-se em uma fazenda abandonada. Vêm as chuvas, Fabiano oferece seus préstimos de vaqueiro e continua na fazenda consciente de sua transitoriedade naquelas paragens, quer porque o patrão poderia expulsá-los a qualquer instante, quer pela seca, terror constante por ser um processo cíclico e real. Nesse intervalo, Baleia morre. Quase desamparados, partem em busca de novas terras quando chegam as secas, mas desta vez fugindo para a cidade grande, acalentados pela esperança de uma vida melhor.
       Dos elementos constitutivos de Vidas Secas podem ser destacados: a paisagem, a linguagem e o problema social, todos eles entrelaçados.

Segunda geração do modernismo ( 1930 - 1945 ).

    Publicado em 1938, Apresenta uma ruptura em relação aos romances anteriores por apresentar foco narrativo em terceira pessoa. A postura assumida em Vidas Secas volta-se para a análise de caracteristicas mais objetivas, com personagens não entregue a própria sorte, mas dirigidos, em seus destinos, pelas mãos do narrador. Desta forma, a revolta egoísta, cede lugar ao tratamento mais amplo, compaixão, compreensão e a simpatia.

  • Onisciência do narrador que é capaz de mostrar e friamente a miséria e a situação precária do mundo exterior.
  • Discurso indireto livre, que tem como vantagem permitir ao narrador revelar o interior dos personagens.
   O narrador passa ao leitor não só a paisagem inóspita e os desajustes sociais, como também o modo de ser, pensar e de sentir dos personagens. Cada um dos Treze capítulos constitui uma célula com ritmo próprio.
   A marcação do tempo não é cronológica, a poucas referências a tempo indeterminado, o mesmo ocorre ao espaço, apresentando na amplitude da catinga, em uma certa fazenda, perto de um povoado indeterminado. O capitulo inicial e final contem o mesmo assunto - a família que parte em retirada, - tem, para diferenciá-los, o tratamento espaço temporal. No primeiro - "Mudança" - no último - "fuga"- interessante como são sugestivos os vocabulários; fuga acrescenta ao significado de mudança o tom fatal imposto pelo fato de rumar ao encontro.
  Elementos humanos da família:
Fabiano: Homem rude, de pouco falar. Assusta-se com o desconhecido, é desconfiado e é manipulado pelos poderosos. Identifica-se com os bichos, o que denuncia a condição sub humana a que está confinado.
Sinhá Vitória: versão feminina de Fabiano. Seu sonho é ter uma cama de couro, igual a de Seu Tomás da bolandeira.
Os meninos:  referidos como "o menino mais novo" e "o menino mais velho", o texto deixa a entender que os meninos perpetuarão a um estilo de vida dos pais, num circulo vicioso.
Baleia:  A cadela personagem que mais se assemelha a um "ser humano" é solidária, atenciosa, amiga é o elemento que confere humanidade ao grupo.
Soldado-Amarelo: Símbolo do poder autoritário, que subjuga Fabiano e todos aquele que como ele vivem.
    A obra tem como elo dois aspectos: a miséria do mundo físico ( paisagem ) extensiva ao mundo intelectual ( linguagem ) dos retirantes, o segundo, decorrente da carência de linguagem, deixa transparecer a mundividencia de cada um deles...

                                                Vidas Secas Filme completo