“No final do século XIX, Cuba era produtora mundial de açúcar de cana e tabaco de qualidade. Tais riquezas atraíram a cobiça dos norte – americanos. Logo que cuba declarou guerra de independência a Espanha, os E.U.A aproveitaram para intervir, ou seja, declararam guerra contra a Espanha e declararam desembarcaram em Havana. A ilha conquistou a independência em 1898, mas sob vigilância dos fuzileiros navais ianques. A máfia norte americana controlava o tráfico de drogas, os cassinos e a prostituição. Os cubanos eram proibidos de ir a praia particulares, pois os donos estrangeiros, não queriam se misturar com os negros e mulatos, alguns americanos bebiam, brigavam, debochavam dos cubanos e não eram punidos, pois a policia era corrupta. Para muitos patriotas cubanos, aquilo era humilhante ! Cuba tinha se tornado uma colônia sem ser chamada de colônia. As elites cubanas (descendentes de europeus ) desprezavam o próprio povo, grande parte miserável e analfabeto. Quando havia rebeliões, os marinis ( fuzileiros dos E.U.A. ) desembarcavam na ilha para “reestabelecer” a ordem. Quanta humilhação ! E.U.A. dispunha de cuba como se fossem donos do país. É fácil entender o antiamericanismo de muitos cubanos. Em 1952 Fulgêncio Batista capacho dos E.U.A. assumi o poder em Havana. Mas eis que surge uma luz no fim do túnel, em 26 de julho de 1953, um grupo tenta atacar o quartel da Moncada para despertar a revolta popular contra Fulgêncio. Deu tudo errado, e eles foram presos, o comandante rebelde era um ex líder estudantil e jovem advogado: Fidel Castro . Em seu julgamento Fidel Castro disse suas famosas palavras: “A história me absorverá…” A história pode até ter absorvido, mas o tribunal o condenou a prisão, junto com seus companheiros … Anos depois Fidel foi solto e banido do país. As autoridades pensavam que quem sabe, aquele jovem de família rica tivesse sofrido o bastante, e um dia abraçaria Fulgêncio, que para o seu azar estava completamente enganado, Fidel foi para chegou ao México ( voltará do exílio ) reuniu um grupo de patriotas cubanos para preparar a volta, se juntou ao argentino Ernesto Che Guevara e em novembro de 1956 embarcaram em um iate ( Granma ) seguiram até a paria de Cuba, onde eram aguardados pelo “caloroso” comitê de boas vindas de Batista, com aviões a despejar bombas. A praia ficou coberta por cadáveres. No dia seguinte a agencia de noticias norte-americana, anunciava a morte de todos os revolucionários. Porém, 12 deles escaparam, homens como Camilo Cienfuegos e Che Guevara sob comando de Fidel Castro. Atacaram pequenos pontos militares, armavam emboscadas para tropas do governo. E a noticia de que havia rebeldes nas montanhas foram se espalhando pelo país. Voluntários começaram a subir para se juntar aos guerrilheiros. O exercito de Fulgêncio refletia a sociedade que apodrecia. Interrogavam com brutalidade, roubavam, queimavam, estrupavam e matavam. Mas os guerrilheiros faziam diferente…. Os E.U.A. enviou armas e dinheiro ao exercito de Batista, que sofreu derrota atrás de derrota. Com os guerrilheiros á porta da capital, os sindicatos declararam guerra geral. O país inteiro parou, todas as lojas fecharam, os ônibus pararam de circular, as fabricas ficaram vazias. E em janeiro de 1959, os guerrilheiros entraram vitoriosos em Havana.”
Após Fidel assumir o governo, tratou logo de fazer a reforma agraria que acabou com o latifúndio e distribuiu terras para os camponeses, fechou cassinos e bordeis , a reforma urbana obrigou donos de varias mansões a ficarem com apenas uma e cederem as outras para varias famílias que viviam em favelas. O governo passou a investir pesado em educação, saúde e erradicação de favelas ( nessa época Cuba tinha apoio da URSS, que comprava seus produtos com um valor acima do oferecido pelo mercado).
Agora pense em um ilha governada pelo partido comunista e bem perto da Flórida ! É claro que depois de Fidel assumir o poder a CIA a mando dos EUA tentou assassiná-lo por diversas vezes, não o pegaram, mas infelizmente Che Guevara não escapou.
Cuba tonou – se o primeiro pais socialista da América Latina, os avanços sócias são notáveis, em outras palavras, foram fantásticos. Porém na economia a pequena ilha não se desenvolveu, sofre até hoje com o bloqueio dos EUA, a renda per capita é menor do que a do Brasil, por outro lado, Cuba é o único país da América Latina a não ter favelas, acabou com o analfabetismo, as universidades são de bom nível, e a mortalidade infantil é tão baixa quanto as dos países desenvolvidos ( EUA, Japão, Alemanha e etc.), eliminou a miséria e quanto a saúde a ilha conta com os melhores médicos da América Latina, a desigualdade social é quase zero. Observo que a juventude que não conheceu Cuba antes da revolução, assim como Yoani, admira os EUA muito mais do que o governo gostaria. Com a derrubada da URSS, acabou-se a “ajuda fraternal” soviética, sem o petróleo soviético os cubanos são obrigados a desligarem as maquinas e andarem de bicicleta. E por ai não para, a situação fica cada vez mais difícil, os norte-americanos estabelecem que a empresa estrangeira que comerciar com cuba não poderá manter negócios com os EUA, nenhum país sofreu um bloqueio econômico tão brutal quanto o cubano! Agora pensem, um país como o Japão ou até mesmo os EUA tivessem sofrido um bloqueio desses durante décadas, teriam sobrevivido ? bom essa é uma pergunta meio retórica já que a crise de 2008 deixou muitas pessoas desempregadas e claro teve muita revolta, nos países Europeus até mesmo dos EUA.
sexta-feira, 19 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Resenha: Viagens na Minha Terra
De autoria de Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra é um livro pertencente ao romantismo que fala, bom, é meio difícil dizer ao certo sobre o que ele fala, basicamente, é sobre a guerra civil de Portugal, aquela que acontece depois que D.Pedro I volta pra sua saudosa terrinha.
Inicialmente o livor é bem chato, um porre pra falar a verdade. Ele fala sim sobre a guerra civil, mas ele não conta as história que acontecem no meio da guerra, e sim uma visão de fora e é uma enrolação. O primeiro capítulo custa a ser lido, e olha, já vou avisando, a menos que você saiba ao menos um tiquinho sobre a guerra civil de Portugal ou leia verdadeiramente com muita atenção, você não entenderá nada dos primeiros dez capítulos do livro.
Eu comecei a ler o livro uma vez e abandonei, era chato, monótono, eu não entendia lhufas do que estava escrito e as divagações do autor, tão presentes na obra, em nada ajudavam. Por fim, como ia ter aula livro sobre a obra no cursinho que eu faço, voltei a ler o livro, prestei mais atenção e consegui entender mais ou menos o contexto do livro.
Uma vez que você se habitua á narrativa do Almeida Garrett fica bem mais fácil de você compreender a história, e você até acaba gostando de algumas partes dela, ao menos comigo foi assim. Conforme você vai lendo, vai percebendo que é comum o autor dar umas "brisadas" no meio do livro e se acostuma a ler um punhado de palavras, ou até mesmo um capítulo inteiro, que no fim das contas, não avançou nem dois passos da narrativa.
A parte gloriosa do livro, a parte que interessa, a verdadeira história, o verdadeiro romance, aparece mais ou menos na metade do livro e conta a história de Joaninha, uma menina jovem e pura que mora com a avó cega. Essa é a parte da história que você vai ler mais rápido e entender melhor, sendo também a parte que você lerá mais rápido.
A obra em si é cheia de críticas sejam elas sociais, filosóficas, literárias ou qualquer coisa do gênero. Na verdade, grande parte das divagações do autor são a expressão dessas críticas, são essas as partes que as vezes faz com que você não entenda nada, mas que quando você entende, você pensa: puxa, não é que ele pode estar certo?
O saldo total a respeito do livro é o seguinte: é complicado ler ele, mas depois que você acostuma com a narrativa não dói e nem arranca pedaço. Se você vai prestar os vestibulares, USP ou Unicamp, já sabe que têm de lê-lo, então, pare de enrolar e leia! Preste atenção no que está lendo, seja mais forte do que o sono, respire fundo e relaxe, não odeie o livro, ele não fez nada de mau à você, exceto, talvez impedir que você leia um outro livro mais legal... Enfim tente se lembrar da guerra civil portuguesa, leia um pouco sobre o assunto, tome força, folego, coragem e leia. Não vai doer, não muito, e bom, o que a gente não faz pelo vestibular não é mesmo?
segunda-feira, 15 de julho de 2013
Resumo e análise do livro: Capitães da areia - Jorge Amado.
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dos adultos que estão ao seu lado, seja pelos comentários do narrador.
Personagens: A obra não possui um personagem principal. O mais apropriado seria apontar o conjunto do bando. Isso por que as ações não giram entorno de um ou de outro personagem, mas ao redor de todos. Pedro Bala, o líder do bando, não é mais importante para o enrendo do que o Sem - pernas ou o Gato. Por isso a ideia de que o protagonista é o elemento coletivo, e cada membro do grupo funciona como uma parte da personalidade, uma faceta desse organismo maior.
Pedro Bala – líder dos Capitães da Areia, tem o cabelo loiro e uma cicatriz de navalha no rosto, fruto da luta em que venceu o antigo comandante do bando. Seu pai, conhecido como Loiro, era estivador e liderara uma greve no porto, onde foi assassinado por policiais.
SEM-PERNAS – deficiente físico, possui uma perna coxa. Preso e humilhado por policiais bêbados, que o obrigaram a correr em volta de uma mesa na delegacia até cair extenuado, Sem-Pernas conserva as marcas psicológicas desse episódio, que provocou nele um ódio irrefreável contra tudo e todos, incluindo os próprios integrantes do bando.
BOA-VIDA – o apelido traduz seu caráter indolente e sossegado. Contenta-se com pequenos furtos, o suficiente para contribuir para o bem-estar do grupo, e com algumas mulheres que não interessam mais ao Gato.
VOLTA SECA – admirador do cangaceiro Lampião, a quem chama de padrinho, sonha um dia participar de seu bando.
Dalva: que é a prostituta que tem um caso com Gato;
Don'Aninha: que é a macumbeira, que é uma espécie de mãe para os meninos do Trapiche;
Padre José Pedro: era uma espécie de defensor dos meninos, que através de suas mensagens tentava acalmar o coração dos garotos;
João-de-Adão: era o grevista, que ajudou Pedro Bala à saber o que seu pai foi no passado;
Querido-de-Deus – grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos.
Don'Aninha: que é a macumbeira, que é uma espécie de mãe para os meninos do Trapiche;
Padre José Pedro: era uma espécie de defensor dos meninos, que através de suas mensagens tentava acalmar o coração dos garotos;
João-de-Adão: era o grevista, que ajudou Pedro Bala à saber o que seu pai foi no passado;
Querido-de-Deus – grande capoeirista da Bahia, respeita o grupo liderado por Pedro Bala e é respeitado por ele. Ensina sua arte para alguns deles e exerce grande influência sobre os garotos.
Crítica literária
Tempo
O romance é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente ( que sabe tudo o que ocorre ). Essa características narrativa possibilita que seja cumprida uma tarefa facilmente notada pelo leitor: Mostra o outro lado dos Capitães da Areia.
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Lista de livros Fuvest e Unicamp 2014
Boa noite estudantes, bom, hoje eu deixarei a lista de livros da fuvest/unicamp 2014 e alguns links para vocês poderem encontrar os resumos e análises dos livros.
- Til José de Alencar;
- O cortiço Aluísio Azevedo;
- A cidade e as serras Eça de Queirós;
- Sentimento do mundo Carlos Drummond de Andrade.
Resumo e análise do livro; Vidas Secas - Graciliano Ramos.
Um grupo de nordestinos, uma cadela e, no inicio, um papagaio, abem em retirada. Para a sobrevivência do grupo, é travada um luta incessante incluindo o sacrifício do papagaio e a mesquinha contribuição de Baleia ( cadela ) através da caça de uma preá, servindo para adiar a morte do grupo. Após tempo de caminhada, abrigaram-se em uma fazenda abandonada. Vêm as chuvas, Fabiano oferece seus préstimos de vaqueiro e continua na fazenda consciente de sua transitoriedade naquelas paragens, quer porque o patrão poderia expulsá-los a qualquer instante, quer pela seca, terror constante por ser um processo cíclico e real. Nesse intervalo, Baleia morre. Quase desamparados, partem em busca de novas terras quando chegam as secas, mas desta vez fugindo para a cidade grande, acalentados pela esperança de uma vida melhor.
Dos elementos constitutivos de Vidas Secas podem ser destacados: a paisagem, a linguagem e o problema social, todos eles entrelaçados.
Segunda geração do modernismo ( 1930 - 1945 ).
Publicado em 1938, Apresenta uma ruptura em relação aos romances anteriores por apresentar foco narrativo em terceira pessoa. A postura assumida em Vidas Secas volta-se para a análise de caracteristicas mais objetivas, com personagens não entregue a própria sorte, mas dirigidos, em seus destinos, pelas mãos do narrador. Desta forma, a revolta egoísta, cede lugar ao tratamento mais amplo, compaixão, compreensão e a simpatia.
- Onisciência do narrador que é capaz de mostrar e friamente a miséria e a situação precária do mundo exterior.
- Discurso indireto livre, que tem como vantagem permitir ao narrador revelar o interior dos personagens.
O narrador passa ao leitor não só a paisagem inóspita e os desajustes sociais, como também o modo de ser, pensar e de sentir dos personagens. Cada um dos Treze capítulos constitui uma célula com ritmo próprio.
A marcação do tempo não é cronológica, a poucas referências a tempo indeterminado, o mesmo ocorre ao espaço, apresentando na amplitude da catinga, em uma certa fazenda, perto de um povoado indeterminado. O capitulo inicial e final contem o mesmo assunto - a família que parte em retirada, - tem, para diferenciá-los, o tratamento espaço temporal. No primeiro - "Mudança" - no último - "fuga"- interessante como são sugestivos os vocabulários; fuga acrescenta ao significado de mudança o tom fatal imposto pelo fato de rumar ao encontro.
Elementos humanos da família:
Fabiano: Homem rude, de pouco falar. Assusta-se com o desconhecido, é desconfiado e é manipulado pelos poderosos. Identifica-se com os bichos, o que denuncia a condição sub humana a que está confinado.
Sinhá Vitória: versão feminina de Fabiano. Seu sonho é ter uma cama de couro, igual a de Seu Tomás da bolandeira.
Os meninos: referidos como "o menino mais novo" e "o menino mais velho", o texto deixa a entender que os meninos perpetuarão a um estilo de vida dos pais, num circulo vicioso.
Baleia: A cadela personagem que mais se assemelha a um "ser humano" é solidária, atenciosa, amiga é o elemento que confere humanidade ao grupo.
Soldado-Amarelo: Símbolo do poder autoritário, que subjuga Fabiano e todos aquele que como ele vivem.
A obra tem como elo dois aspectos: a miséria do mundo físico ( paisagem ) extensiva ao mundo intelectual ( linguagem ) dos retirantes, o segundo, decorrente da carência de linguagem, deixa transparecer a mundividencia de cada um deles...
Vidas Secas Filme completo
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